Terras Baixas - RPG D20 Pathfinder
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Luapsland - História

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Mensagem  Kemedo Seg Ago 06, 2012 10:43 pm

Brindol, A Fênix de Pedra
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Brindol existe a mais tempo do que os anões podem contar as gerações, lendas revelariam que Torag pode ter criado os anões bem ali, apesar dessas lendas serem consideradas mais hitórias figuradas do que fato real, existem registros de Brindol de mais de 10.000 anos, e sabe-se que os anões já estavam ali bem antes disso. As raízes das montanhas próximas ao Rio Toark sempre foram os lar do anões. Porém, Brindol não tinha ligação com a superfície, os anões tinham seus pensamento voltados para as profundezas e suas riquezas.

Antes do reinos e impérios se estabelecerem, os anões de Brindol eram reclusos e não ansiavam o contato com outras raças da superfícies. Tinham tudo o que precisavam nas raízes das montanhas. Escavavam novos túneis, descobriam novos veios de minerais e forjavam armas e utensílios para combater contra perigosas criaturas pelo direito de continuar escavando os túneis mais profundos. Eventualmente encontravam túneis mais profundos, veios mais profundos e densos e criaturas mais poderosas.

O Reino anão era composto por 3 cidades. Brindol era a maior delas estando a pouco mais de 30 kilômetros da superfície em Nar-Voth o primeiro nível de Darklands. Krumaldar a cerca de 50 kilômetros da superfície em Sekamina, era uma cidade-forte, constantemente atacada por drows, orcs e outras criaturas maléficas do interior da terra. E a mais de 100 kilômetros da superfície ficava a recente cidade Urthadol, na na fronteira entre Sekamina e Orv, de lá partiam as expedições mais profundas, e foi daonde eles cavaram fundo demais.

Pouquíssimos anões falam desse tempo e a simples referência a este fato, é sinal de mal agouro e má sorte, Fazendo até o mais cético dos anões a pedir as bençãos e proteções de Magrim.

Ao escavar centenas de quilômetros para o interior da terra, os anões despertaram criaturas horrendas, que inspiram a loucura e o pânico pelo simples vislumbre, enormes como dragões, malignos como demônios e  poderosas como deuses, os anões não tiveram a menor chance.

O fato é que os anões quase encararam seu extermínio, a muito custo e muitas mortes conseguiram selar os corredores inferiores com rochas, runas e magia, segurando nas profundezas grandes males que poderiam destruir o mundo se liberados.
Alguns poucos lacaios dessas criaturas escaparam, e fugiram pelos túneis e superfície. Desde então os anões foram obrigados a selar as cidades de Krumaldar e Urthandol e escavar para a superfície. Na superfície encontraram outros seres inteligentes, muito diferentes deles, os elfos e os humanos.

Seus modos simples, rústicos e até grosseiros, não ajudaram a manter um bom relacionamento com os humanos e elfos que viviam em sua vizinhança, foi depois de muitos séculos de rusgas e missões diplomáticas que conseguiram um lugar no mundo vendendo seus excelentes serviços de fabricantes e construtores em troca de metais e que aceitassem que estrangeiros em seus túneis mais rasos.

Explorando mais o mundo da superfície, encontraram outros anões, gnomos, halflings, aumentaram suas riquezas e o prazer pelo construir e fabricar transformou os anões de Brindol em um povo rico. Com muitas riquezas e mais minério do que seus esforçados braços conseguiam forjar.

Aos poucos foram mudando-se mais e mais a superfície, para poder atender seus clientes, no decorrer dos séculos Brindol mudou-se para as montanhas da face norte do Rio Toark, deixando para trás milhares de kilômetros de corredores e cavernas abandonados para trás, a toda a sorte de criaturas do escuro. Hoje Brindol ainda tem portões direcionados para Nar-Voth, e algumas expedições ainda se aventuram para a Darklands, algumas para procurar novos veios, outras para reaver antigos itens perdidos, mas sem baixar a guarda novamente.

Na superfície encontraram também os Orcs. E o ódio ancestral e mútuo falou mais alto. De lutas esparsas e individuais até batalhas campais não demorou muito. No começo as vitórias para os anões se sucediam, melhores treinados e com melhores equipamentos, eram quase imbatíveis, essa situação perdurou por muitas décadas. Porém com a guerra acontecendo pela superfície, o comércio e o fluxo de suprimentos caiu e os anões começaram a sofrer um revés

Os Orcs se multiplicavam muito mais rápido que os anões, e suas armas e armaduras pareciam não ter fim. Vindos das Terras dos Piratas do Caribe, e com uma linha de suprimento quase ilimitada vista sua saída para o mar, os Orcs, aliados a uma gama de raças goblinóides começaram a rechaçar os anões para dentro de Brindol.

Encurralados pelo enorme poder e número das Hordas Órquicas, os anões começaram a recuar para dentro das montanhas novamente, sendo empurrados mais e mais para dentro. Pela segunda vez, os anões quase foram exterminados.

Muitos anões refugiaram-se no delta do Rio Toark, nas pequenas vilas longe das guerras, e a maioria dos refugiados dirigiu-se para a cidade de Seldarin. Os refugiados contavam histórias sobre os Orcs e sua crueldade, e como os anões estavam em desvantagens e quase sendo derrotados.

Sabendo da guerra próxima entre anões e Orcs e que caso os anões caíssem o Vale do Rio Toark seria facilmente invadido pelas hordas órquicas, e demonstrando fraterna Caesar Luap um elfo experiente nas artes do combate e da liderança, reuniu elfos, humanos, halflings e qualquer raça que quisesse lutar pela para defender seu lar.

E partiu para juntar um exército pelo Vale. Percorreu o vale fazendo um levante armado durante 6 meses. Nesse meio tempo, os anões ensinaram os remanescentes em Seldarin a forgar armas e armaduras, e os fizeram incessantemente para poder armar todo o exército.

A força e magia élfica somada a habilidade anã, montaram um arsenal fantástico. No final um exército preparado nunca antes visto enfileirava-se nos Seldarin para marchar em salvação dos anões. Com flâmulas de diferentes regiões, todos utilizando armaduras forjadas à maneira anã, na cor dourada que chegaram a iluminar no escuro se comandadas, ajustadas perfeitamente aos seus corpos que nem pareciam armaduras, pareciam vestimentas de reis e rainhas. Fora chamado de Armada Dourada do Vale.

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Marcharam durante dois meses até chegar ao cânion onde ficava as entradas pra Brindol. Encontraram ali fortificações Orcs e uma movimentada linha de suprimento pelo Rio Toark, que alimentava a tropa com comida, armas e novos soldados. Pegaram-nos despreparados para uma investida vinda do vale, com suas armaduras brilhando na escuridão cegando-os e desorientando-os. A batalha do Vale de Brindol, durou 30 dias e 30 noites, horas pendendo para um lado, horas para outro. E durante muito mais tempo, a cor vermelha tingiu o Rio Toark do Cânion até a Foz.

A genialidade de Arael Luap em movimentar as tropas eficientemente foi decisiva para a vitória do Exército Dourado do Vale, ao amanhecer da 30ª noite trombetas élficas de vitória foram ouvidas em Seldarin e foram ouvidas também no interior da montanha pelos anões que ainda conseguiam sustentar os ataques dos Orcs nos corredores inferiores de Brindol. Os corações anões reacenderam em ânimo ao escutar tão bela melodia, na certeza de que tão bela melodia não viriam de gargantas orcs.

Guiado pelos poucos anões que haviam juntado-se ao seu exército, Arael Luap, entrou em Brindol, limpando seus vastos corredores da imundíce Orc. Esta etapa da guerra foi bem mais demorada e complicada, pois deviam assegurar-se que nenhuma investida viesse pelo Cânion, e deviam batalhar nos corredores, tuneis e cavernas de Brindol, que eram imensos e complexos, permitindo muitos locais de emboscadas.

Depois de meses mapeando e selando corredores periféricos e adentrando na montanha, matando orcs ou escurraçando-os para as profundezas, finalmente encontraram o que sobrou da população anã da outrora rica Brindol. Umas poucas centenas de famintos e magérrimos anões, que vestiam farrapos em baixo de escudos e armaduras reluzentes e bem conservadas. Seus olhos quase entregavam que os anões já estavam em suas últimas forças

Os trombetas élficas tocaram pela segunda vez, ecoando pelos corredores profundos e escuros, fazendo até os corações mais escuros das profundezas hesitar por instantes, e reacendendo a esperança nos corações dos anões. Arael Luap, chamando-os de irmãos, explicou detalhadamente o que fizeram nos últimos meses, espantando os anões. Pois provara para os anões que aqueles seres frágeis da superfície tinham muito mais fibra do que aparentava. E seu altruísmo por sacrificarem-se em ajudá-los não passou despercebido pelos orgulhosos, mas justos anões. Que começavam a sentir não apenas respeito pelos irmãos da superfície, mas admiração e gratidão

Escoltados pelo Exército Dourado do Vale, os anões foram levados para a margem do rio Toark, e ali ao raiar do dia do primeiro dia da primavera, Dulgar o líder dos anões  remanesceste de Brindol bradou a todos pulmões:

"Irmãos anões, hoje nossos irmãos nos mostraram o que é compaixão e desapego. Fomos punido pelos Deuses por nosso egoísmo e ganância, e garantirei que essa lembrança jamais será esquecida. Brindol será eternamente grata pelo suor e sangue dado para nos salvar da extinção e do esquecimento. Juro por Torag, Magrim e Angradd trabalharemos por nossos irmãos enquanto tivermos foças em nossos ossos."

E então fez uma profunda reverência, seguida por todos os anões.

Arael levanta Dulgar. E deste momento a sorte dos anões mudam, encontram no fundo do lago um veio de mineral extremamente diferente, negro e muito resistente, usando-os junto com os poderes mágicos dos elfos para construir um enorme portão para proteger seus irmãos dos futuros inimigos, chamado de Karu Bar, foi abençoado pelos três deuses anão como uma lembrança para nunca mais sucumbir à ganância desmedida.

Os anões ainda encontraram anões de outras regiões e pedindo ajuda de seus primos distantes, fizeram muitas construções no território do recém unificado Reino de Luapsland, entre elas foi murar toda a cidade de Seldarin, terminar as muralhas e os portões de Karu Bar, selar as portas para Darklands selando a antiga Brindol de vez e terminar de rechaçar os Orcs do território adiante da muralha.

Daqueles tempo, às 2 mil anos atrás até hoje anões, elfos, humanos e outros humanóides de Luapsland consideram-se irmãos de armas e não hesitam em pegar em armas na defesa de um ou outro sob a bandeira dos Luap.

Os anões ainda tem um certo receito de Orcs e Meio-Orcs, mas ainda hoje aprendem com os amigos elfos em como tratá-los com respeito e deferência, apesar dos preconceitos.
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